tag:blogger.com,1999:blog-17533510732568074062024-02-18T19:40:57.195-08:00Asilo d'AlmaVivemos aprisionados em um mundo onde buscamos incansavelmente a liberdade. Os pesadelos estão em cores e os sonhos em tons de cinza e branco. A alma está presa em escalas seqüenciais, corpo, casa, trabalho, rotina, valores, conceitos, ética, hipocrisia, política, religião... Mas acima de tudo, está nossa própria idealização que cria tudo que está a nossa volta... Portanto, estamos todos presos, de alguma forma ao asilo que criamos para prender nossa alma...Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-19457786030190412712012-03-24T12:43:00.000-07:002012-03-24T12:43:42.800-07:00Frases de amor que você pediu para mim...Ouço atentamente seus lamentos<br />
Rogo a Deus que abrande seu coração<br />
Por que sinto que os corações estão perdidos<br />
É entregues a secura desta temporada de lágrimas<br />
Infindáveis momentos que se tornam fugazes<br />
Diante da monodia que se faz tua fuga diante da iminente felicidade<br />
Decisões tão acertadas quão imprudentes<br />
Fruto de uma ansiedade manifesta<br />
Que desvario tal se apresenta<br />
Como esfera sem órbita calculável<br />
Sinto-me agarrado em tronco perdido em alto mar<br />
Contorna seu próprio lixo no vai e vem das ondas<br />
Sem saber ao certo o seu destino<br />
Não tenho mais controle sobre o tempo<br />
Não sou mais regido por saturno<br />
A lua se deleita em suas diversas faces<br />
Súplica inaudita que pranteia insolente o meu coração<br />
As faces da escolha quando se dá uma, perde-se á outra suas escolhas limitam minha ação<br />
A falta delas inibe meu ser<br />
O mar é revolto e permanece em calmaria por tempo insuficiente<br />
Fiz frases de amor que preenchem uma página inteira várias páginas...<br />
Falei sobre mim, escutei sobre você, amarguei sobre o outro<br />
Viagens sem volta, escolhas sem retorno, vida que se sepulta<br />
Quem liga se você chora sozinha e não confidência?<br />
Pois, se palavras têm poder, muito mais o pensamento<br />
Você escolheu, eu escolhi, somos esse resultado<br />
A soma do que ficou com o que chegou e não conseguimos computar<br />
Não sei o resultado desta equação<br />
O amor não é matemático<br />
O resultado é imprevisível<br />
O amor está mais para estatística, previsões astrológicas o horóscopo<br />
Intervenções humanas sem sentido<br />
Ainda vislumbra um amor sereno (se isso existe)<br />
Que olha enfrente um horizonte de possibilidades <br />
Que lamenta a vida, mas que supera por ter companhia<br />
Que devido a choro e o riso<br />
Que diante de todas as adversidades possíveis<br />
Segura a mão firme do seu companheiro e segue<br />
Porque a vida é simplesmente segue<br />
Destino incerto, tempo improvável, futuro sem prognósticos<br />
Mas o que realmente podemos contar<br />
É com o outro, aquele que está ao nosso lado<br />
E jamais nos abandona em nosso sofrimento..Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-2308830622950905442011-08-25T05:43:00.000-07:002011-08-25T05:45:02.539-07:00Signos e significados<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><span style="color: black; line-height: 115%;">Às vezes não consigo compreender, obstante, apreender sua essência, sincrética obstinada de desejos forjados nas dúvidas vívidas de sobrevidas existenciais.</span> Queria que tu ouvisses meu grito interior que emana, ressurge do silêncio que meus olhos transmitem. Entender-te, exercício de uma vida inteira sob o risco de jamais saber-te ou mesmo, que a sorte acompanhando-te, perder-se entre tamanha alternância de signos e significados. Por que a vida é tão longa se tantos acreditam que simplesmente não temos motivos para aqui estarmos? Acalma-te coração, resguarda-te para o que vier, mas não esperes calmaria, não, não há sinônimos para o que nos reserva o nosso próprio eu.</span><o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-27590902411670022892011-08-16T20:08:00.001-07:002011-08-16T20:08:32.477-07:00Exercício das almas vagantes<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Há muito embrenho no silêncio da minha língua já cansada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Acreditei nas dezenas de andorinhas que pousaram hoje na minha janela.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Sua partida, mais de uma quinzena, senão, um tempo imemoriável.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Minha permanência, insistência de quem não mais tem como dispensar seu tempo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Cansada minha língua está de falar sobre nosso silêncio, simonia de nossas almas em condenação eterna.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Andorinhas revelam a fidelidade impessoal nos seres que se dizem humanos, elas sim, são fieis.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Mais uma despedida. Não sei mais me despedir. Não há mais tempo entre ir e vir, somente a quinzena que ficou em mim, pois você se foi.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">O tempo que passou, eu tentei guardar de forma alienável. Insistência de quem já se perdeu na vida que viveu, tantas experiências sugerem envelhecimento precoce.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Nosso silêncio está na língua cansada, alma condenada, indulgência indeferida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Fidelidade está no exercício das andorinhas de partir e sempre voltar para o mesmo lugar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Pessoas costumam ir e vir em um movimento banalizado. São os aviões andorinhas de aço?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Alienei o espólio dos amores antigos que encontrei em você, estou envelhecendo na vida que você viveu sem mim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Minha alma está condenada no silêncio de minha língua que nega a indulgência proferida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">No lugar do exercício da andorinha, a virtude da fidelidade está conjugada ao labor da volta constante.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Cansei de voar. Cansei de ver as nuvens. Pessoas voam sobre seus próprios sonhos. Banalizo sua loucura por mim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Amores antigos deixam legados. Amores antigos são espólios herdados. Amores antigos são a ruina dos impérios presentes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Há muito me escondo no silêncio da minha língua já tão cansada de repetir as mesmas frases.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">As andorinhas representam o retorno da prosperidade, acredito na fidelidade como exercício das almas vagantes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Um dia, há de ter apenas uma volta, pois estarei esperando por esse momento.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Minha permanência é sinônimo de que não posso mais esperar...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt;">Alexandre Miranda de Souza – publicado no Recanto das Letras.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-61753978030616583562011-07-30T10:13:00.000-07:002011-07-30T10:13:54.701-07:00<div style="text-align: justify;">Quão fúteis somos diante do amor, imaginamos o insustentável, quando na verdade, o amor é tão leve quanto o ar e, nós, com nossos medos e traumas, o deixamos mais pesado do que podemos suportar.</div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-7448186119244053982011-07-28T10:12:00.000-07:002011-07-28T10:12:50.340-07:00Love is a losing game...<div style="text-align: justify;">Morremos aos poucos de forma imperceptivel. Envelhecemos da mesma forma e assim, nos fazemos solitários acreditando estarmos seguros ao lado de outra pessoa que está tão cega quanto estamos. Bicho de sete cabeças é como nos vemos diante do espelho. O medo de nós mesmos surge no outro e assim o condenamos, na verdade, condenamos a nossa própria existência. A sentença é o isolamento do outro da nossa companhia, e assim seguimos delegando culpas...</div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-47051299790994861982011-07-03T21:18:00.000-07:002011-07-03T21:18:33.130-07:00Cantores...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXVt3BciDqLH2n9FvXeKKOJ9GVCdD-Z_8glVzwZWIM1ZtPVP7P5fw1lOCZeeCCwBWAZ1hYRd3Cm3iwzsJDZdxiQHh3FNo0woN_u3G-l__OE1IX92DJevURq8l4WpdY13Fq_y5Spa3-zRo/s1600/SOLIDO~2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXVt3BciDqLH2n9FvXeKKOJ9GVCdD-Z_8glVzwZWIM1ZtPVP7P5fw1lOCZeeCCwBWAZ1hYRd3Cm3iwzsJDZdxiQHh3FNo0woN_u3G-l__OE1IX92DJevURq8l4WpdY13Fq_y5Spa3-zRo/s320/SOLIDO~2.JPG" width="320" /></a></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">Belchior dizia que não iria deixar seu cigarro apagar pela tristeza. Mas é exatamente ela que faz com ele esteja sempre acesso. O que adianta apaga-lo se quem nos desejou não se importa mais com qualquer coisa que se possa preocupar. Almir Sater dizia que o melhor é andar devagar, principalmente para quem já teve pressa... Eu já chorei demais e mesmo assim, nada sei, como ele mesmo afirma. Porém, eu ando pelo mundo, sem saber o porquê. E canto sozinho pensando em quem possa me ouvir... Não sei o que está acontecendo, Adriana me perdoe, mas acordei sem ninguém ao lado...<o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-6201540671841978572011-07-03T20:20:00.000-07:002011-07-03T20:20:57.186-07:00The designs for the man, is the loneliness! It is the desire of God!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://blog.cancaonova.com/curitiba/files/2010/05/63744965_1019400944.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://blog.cancaonova.com/curitiba/files/2010/05/63744965_1019400944.jpg" width="241" /></a></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-45190557086915957492011-06-28T07:06:00.000-07:002011-06-28T07:06:29.741-07:00Lugar seguro.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-CzVQAhVKK5U/TgnfZ8B102I/AAAAAAAAAM0/vvOXQPron2s/s1600/0macaco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="http://4.bp.blogspot.com/-CzVQAhVKK5U/TgnfZ8B102I/AAAAAAAAAM0/vvOXQPron2s/s400/0macaco.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Um lugar seguro, quase isolado, desejo de ser irreconhecível, distante, silencioso...</div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-46625791493099274262011-06-28T06:47:00.000-07:002011-06-28T06:51:32.484-07:00Ao balouço das aragens quando assim os deuses desejam...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQI7RzV4pU05z8gXKVf1qhJipGn0XQkijJNpTYqrfWxvkSQYQ-3rI0lhRGVgHK1sA6Fh7f2kmuqCPL0IyoaPhm31m4Zb5HQ9M3SR7heHwSlve66eBwW-JhPg8fMCDeXVbcl-rVdMDlty7M/s1600/nuvens.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQI7RzV4pU05z8gXKVf1qhJipGn0XQkijJNpTYqrfWxvkSQYQ-3rI0lhRGVgHK1sA6Fh7f2kmuqCPL0IyoaPhm31m4Zb5HQ9M3SR7heHwSlve66eBwW-JhPg8fMCDeXVbcl-rVdMDlty7M/s320/nuvens.gif" width="320" /></a></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os degraus da escadaria em que desço parecem incontáveis, contudo, sei exatamente quantos são e onde estão. Ao rolar escada abaixo, sinto cada baque, cada pancada em meu corpo, quebrando e triturando ossos, vou rolando, aguardando pacientemente o fim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">As asas do avião definem como parâmetro principal onde está o horizonte. Ao rolar as escadarias, perco o meu ponto de referência, não sei aonde anda o horizonte, só o abismo que se abriu sob meus pés. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Acima das nuvens é algo realmente divino. Talvez por isso, muitos querem estar lá.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas o arco que se faz entre as nuvens, o horizonte e as asas se desfaz em apenas um breve segundo, como o passar de uma vagarosa brisa, o tempo se torna insubordinado e do moroso, faz-se o instantâneo e assim vamos todos seguindo absolutamente cansados.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Estou sem coerência nas palavras. O que são elas, senão, um amontoado de letras, que formam sílabas, que formam palavras, que formam frases e que compõem um texto sem significado algum?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Exatamente assim vou seguindo. Sem significado algum. Deus, você consegue me ouvir? São tantas preces a Ti, será que a minha consegue chegar aos Seus ouvidos? Não, claro que não, porque eu blasfemo o tempo todo. E não acredito mais em Ti. Mas será que Você não poderia me ouvir pelo menos uma única vez?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Você pode me ouvir? Você pode me ver? O que está acontecendo dentro de mim? Estou tão cansado e não vejo claramente um caminho à minha frente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Vou colocar minha vida no piloto automático e caminhar por entre a multidão e dizer ‘Olá, tudo bem!’ sem me interessar verdadeiramente no que os outros sentem. Vamos construindo nossa história, tijolo por tijolo esperando que palavras abençoadas nos dê o aval das nossas atitudes insanas. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Você é capaz de me ouvir? Entender o que acontece dentro de mim? Amar antes de ser amado? Dar o carinho sem que ele seja devolvido em dobro? Respeitar antes de ser respeitado? Ouvir antes de ser ouvido? Você consegue enxergar-me? <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eu estou aqui, mesmo não sabendo exatamente onde estou, mas estou aqui, em algum buraco escondido, entre as árvores do meu sítio. Entre os galhos mais altos, talvez nas copas das árvores. Estático quando o vento nos abandona. Ao balouço das aragens quando assim os deuses desejam...</span><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/lM8pXGHrZUI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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<iframe width="560" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/EeTR9j8pVwI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
</span></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-50663485318783449602011-06-21T09:04:00.000-07:002011-06-21T09:04:34.813-07:00Our life<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">You're minding your own business while I am losing my spirit force... </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span class="hps" title="Clique para mostrar traduções alternativas">I'm</span> <span class="hps" title="Clique para mostrar traduções alternativas">lost in my</span> <span class="hps" title="Clique para mostrar traduções alternativas">asylum.</span> <span class="hps" title="Clique para mostrar traduções alternativas">Soul</span> <span class="hps" title="Clique para mostrar traduções alternativas">Asylum</span><span class="" title="Clique para mostrar traduções alternativas">!</span></span></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-56238194081234018982011-06-21T06:27:00.000-07:002011-06-21T06:40:39.874-07:00Quatro cavaleiros em seus cavalos imponentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbaVAw_Uj_QTV4jCThPjIlullcCHBqXCNry-PR0SKViHjKWWBkw9tqyDg6uWr4SVyZpEJZN6t1bYIW65qj96frmyf058-1Sjs0wb6gvFu5g_-frx3F22vcLqv61bXempAST69RKf7kVY/s1600/apocalypse-500x375.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbaVAw_Uj_QTV4jCThPjIlullcCHBqXCNry-PR0SKViHjKWWBkw9tqyDg6uWr4SVyZpEJZN6t1bYIW65qj96frmyf058-1Sjs0wb6gvFu5g_-frx3F22vcLqv61bXempAST69RKf7kVY/s320/apocalypse-500x375.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">Enquanto o sol arqueava sobre mim, eu vi em sua curvatura, relâmpagos incandescentes que formavam imagens obscuras e praticamente irreconhecíveis. Quatro cavaleiros em seus cavalos imponentes desfilavam diante da perplexidade do meu mundo. Finalmente o Juízo Final se achegou. Definitivamente aliviará nossas dores.<o:p></o:p></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu vi o primeiro em um cavalo branco. Trouxe lembranças do passado, cuja arma era a escrita, as reminiscências, o que outrora era felicidade e que tornou-se tormenta e desespero. Sua fala travava batalhas contra meus maiores inimigos, sem se aperceber que eu mesmo era um deles.<o:p></o:p><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O segundo em um cavalo negro. Trouxe a fome em meu espírito, cuja arma era um conjunto de imagens desfocadas, estagnadas, envelhecidas e distorcidas por véus e relíquias beatificadas. Em uma de suas mãos encontrava-se uma balança usada para julgar-nos e definir nosso destino. Eis que encontro-me em seu inferno.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O terceiro em um cavalo baio. Trouxe em uma das mãos uma grande foice. A privação dos meus sentidos, dos meus desejos, dos meus prazeres, da minha vida. Veio ceifar o que há muito foi devastado e ainda não consegui replantar. Feudo repatriado, restituído ao seu dono original. Servo da opressão instituída como vida a se seguir.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O último estava em um cavalo vermelho. Tinha em uma das mãos uma espada ensanguentada. O sangue pingava em minha face. Trouxe a liberdade de matar os outros cavaleiros. A guerra, a luta pela destituição dos impérios estabelecidos anteriormente. Porém, temo não ser sua espada, suficiente para tamanha batalha. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ultimo brilho do sol esticou-se por detrás das derradeiras folhagens que escondiam o horizonte. Por um breve momento, estive diante do meu Juízo Final. Afinal, o que não é a vida senão aguardar o seu termo, ou no máximo, esperar pelo amanhã?<o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-6295770218463487882011-06-20T17:54:00.001-07:002011-06-20T17:54:26.535-07:00Let it be me still the same man alwaysLet it be me still the same man always...Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-4912397102532091022011-06-20T17:46:00.001-07:002011-06-20T17:46:14.381-07:00“Se no abismo está minha alma”<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Se no abismo está minha alma</i>” é porque o cigarro ainda queima sozinho sobre a mesa. Que diferença faz se ele vai queimar e desaparecer?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ainda assim estará só. <o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-38314332691522475502011-06-20T17:39:00.000-07:002011-06-20T17:40:36.068-07:00Will I still care for you? Will you still care for me?<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;">A linha que separa o nascer do sol do seu morrer é simples posição geográfica. Não tão tênue como a que pode definir a morte pelas palavras, a fina linha que aprisiona e oculta a razão de nossas mentes. A moeda que tem dois lados, mas que se paga sempre com o mesmo. Quanto mais alta é minha prece, menos santificada parece ser. Gritar não adianta quando não se pode ouvir. Sofro de cegueira crônica, uma verdade que nos impede de observar com exatidão o que se fala ou o que se faz. Sofro de uma surdez de dar dó, pois não consigo escutar meus próprios clamores, se deus não os escuta, quem dirá, eu mesmo? <o:p></o:p></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Atravessei o dia como o arco que o sol fez sobre nossas cabeças. Blasfêmia natural, pois o sol do lugar não saiu. Da mesma forma, o relógio anda com seus ponteiros, mas também não se move. Ilusão, apenas isso. Acompanhei seu arco da rede que balançava sobre seu próprio ponto estático. As palavras se revestem de significados que outrora delegamos e que esquecemos de esvaziá-las. Quão vã é a vingança, mesmo que revigorante pareça! Na verdade, cobramos caro do que idealizamos e não encontramos quem pague a conta. E não podemos obrigar o outro a entender o que exatamente somos. Como explicar o nada ou o caos?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="EN-US">Will I still care for you? Will you still care for me? </span>Como se bastassem palavras para expressar o que não podemos sentir.<o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-5962444743345703992011-06-16T05:22:00.001-07:002011-06-16T05:22:24.442-07:00Quando a paixão se transforma em amor?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCHeNbHaXW6tzeXbRFUE8t5DGDvRrOlXT1UTCcw28_AdEdlDKT7GoM4qsBcShPt_AOFMYg0Uc8Sbeo84fDIM-rIBIgmKydSzubhyphenhyphen01-wdHtm6myzcs9JlZvAI2yuvwMipDRQVclONnH5G_/s320/casal+idoso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCHeNbHaXW6tzeXbRFUE8t5DGDvRrOlXT1UTCcw28_AdEdlDKT7GoM4qsBcShPt_AOFMYg0Uc8Sbeo84fDIM-rIBIgmKydSzubhyphenhyphen01-wdHtm6myzcs9JlZvAI2yuvwMipDRQVclONnH5G_/s320/casal+idoso.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ale, quando a paixão se transforma em amor</i>”? <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não sei Mi, talvez não percebamos o momento exato, possivelmente estamos já nos amando</i>”. <o:p></o:p></div><div class="MsoBodyText">Perco-me em meus pensamentos. Olho distante. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ale, onde você está</i>”? <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Só pensando...</i>”. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Viajo então, ao fundo do que sei sobre isso. Quando busco em seus olhos o carinho que preciso na hora em que estou confuso. Quando o sorriso que desponta em seus lábios conforta o meu ser em sofrimento. Quando seus braços enlaçam meu corpo e entoam um ritmo sem igual. Quando nos deitamos e nossas pernas se confundem e não sei mais estar sem você ao meu lado na hora de dormir. Quando acordo no meio da noite e fico observando seu sono angelical. Quando seus lábios tocam os meus, com uma suavidade contraditória, tão intensa e ávida, quanto tênue e ligeira. Quando toco seus cabelos e você se enrosca em meu peito. Quando enlaço seus ombros e emparelhamos nossos passos. Quando damos as mãos enquanto passeamos sem destino certo. Quando não consigo deixar-te e em beijos gostaria de perder o avião. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ale</i>”! <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Oi, Mi</i>”. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Conta o que você está pensando...</i>”<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não estou pensando em nada meu amor</i>”.<o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-21258374438733021832011-06-16T04:55:00.001-07:002011-06-16T04:55:40.938-07:00Dança comigo?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://maquiamos.com.br/wp-content/uploads/2010/08/danca-comigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="http://maquiamos.com.br/wp-content/uploads/2010/08/danca-comigo.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O aroma deleitante envolvia o ambiente, cálido como uma manhã de verão, uma mistura diversa de sabores, confusa infusão sobre meus sentidos, imposição prazerosa, determinação clara do que seria o próximo passo. Um vinho, um chocolate meio amargo, algumas ervas temperando o peixe e seus condimentos no fogo. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dança comigo</i>”? A cozinha transformou-se em espaço corpóreo do sagrado. Humildemente, um passo para o lado, dois para o outro. Buliçoso, seu corpo em contato com o meu, movimentos impossíveis de se descrever. Como eternizar aquele momento? Outra música, agora tão calma que os corpos praticamente se estabilizam. Não menos sensuais não menos intensos. Estrutura física audaciosa, anatomia harmoniosa, ato impulsivo, lábios se tocam em explosivo incontido, pavio aceso, impávido, o colosso se desponta, não há mais volta, não há mais fôlego, o período contínuo se dissipa. Não há mais o antes e muito menos o depois. Há somente um estado de absoluta confusão. Não sei quem sou em meio ao inaudito exercício das nossas capacidades motoras.<o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-61630239607442746412011-06-14T06:30:00.001-07:002011-06-14T06:30:59.217-07:00Vendo a grama crescer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://uzina.files.wordpress.com/2007/06/grama-jac.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://uzina.files.wordpress.com/2007/06/grama-jac.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoBodyText">O silêncio é verde, como a grama que teima em crescer diante de mim. Estou na rede, enquanto o balançar intermitente dita o campo da minha visão. A cada ida e vinda, um pouco da grama silenciosamente desponta da sua mais tênue escuridão, do seu mais oculto querer. Quero vê-la crescer, despontar, invadir, gritar o seu silêncio incapaz de se sobressair. As lágrimas escorrem para dentro, o soluço, ser introspectivo, internaliza, o tremor se compassa ao ritmo do coração, o medo se equivale à coragem, o olhar permanece atento, o pensamento é livre, me perco em sua liberdade... Vou amar em silêncio, como o verde crescer da grama, como o brilho ofuscante do ouro prensado e marcado com o selo do rei, vaidade e ganância dos tolos que ainda acreditam em vão deslumbramento, o abraçar do mundo em constante mutação silenciosa. <o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-66807420940135549412011-06-14T06:06:00.000-07:002011-06-14T06:06:20.250-07:00Céu de Brigadeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://cuidamos.com/files/imagecache/artigos_teaser/artigos/idosos-deitados-cama-rede.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="146" src="http://cuidamos.com/files/imagecache/artigos_teaser/artigos/idosos-deitados-cama-rede.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu fiquei observando você através da porta de vidro, sentada na rede, pensativa, olhar ao longe. Seu semblante doce e meigo necessitava expressar-se. Aproximei fisicamente de ti, mas ainda sem adentrar seus mais íntimos pensamentos. “Deita aqui comigo”, uma súplica ponderada, regada com aquele olhar intenso, pedido inegável. Deitei-me, aninhei-me, mas foi você quem se achegou em meu colo. Doce prazer de sentir o calor do seu corpo ao meu, carinho inviolável, sentindo o perfume dos seus cabelos no meu rosto, o encaixe perfeito do seu corpo ao meu. A rede balançou e você imediatamente a reteve. “Não, não balance”, disse em tom autoritário, porém, doce e suave, como tudo em você. Deixei escapar em meus pensamentos “Estou tão cansado, quero perder-me neste momento”, inaudível, você consegue me ouvir? Acredito que não. Mas aquele momento por si só era uma pequena doação dos deuses e, como não poderia ser diferente, eu aproveitei para aninhar-me mais ainda em você. Momentos assim, inolvidáveis, são raros também. Olhei para o céu, autêntico céu de brigadeiro. Um avião lançava-se no vazio, com destino incerto. “O que você está pensando?”, meticulosamente, acercou-se de preparar o caminho para sua própria jornada. Mesmo estática, a rede balançava levemente e sua voz era tão suave que parecia um sussurro terno que penetrava meu ser. “Sabe, Ale...” palavras tão íntimas, sentimentos tão profundamente guardados, medos revelados, fragmentos de uma vida que se quer revelar, não por inteiro, como um quebra cabeça montado, mas sim, frágil pensar de um passado distante e ao mesmo tempo presente. Uma ingenuidade perdida, tentativa de resgatá-la, improvável. Caminhei seus caminhos apenas com meus ouvidos, senti suas lágrimas em mim, beijei seus olhos e você perguntou se estavam salgados. Doce sal do amor. Hoje, sal, de saudade. Ficamos ali, por horas intermináveis... “Ale”, novamente o íntimo clamor. E meus ouvidos sedentos de um amor intenso, constante, seguro... “Ale”, fica comigo, não vai embora... “Ale”... <o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-68678371585957564792011-06-14T04:59:00.000-07:002011-06-14T04:59:00.148-07:00Aquele lago negro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://static.panoramio.com/photos/original/20109812.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://static.panoramio.com/photos/original/20109812.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A noite estava extremamente fria. Diante de nós, um lago negro com pequenas ondas resultado das rajadas de vento que provocava uma sensação ainda mais intensa de frio. Havia um grande espaço gramado entre a pista de cooper e as margens, ao qual, naquele instante, parecia impenetrável. Ao longe, alguns patos brancos se escondiam do frio, imóveis como enfeites de jardim. Confesso que eu não vi, mas você os mostrou com tanto carinho que minha imaginação se encarregou de vê-los. “Ali por vezes me sento, fico olhando o lago, após a caminhada, jogando comida para os patos”, disse ela em voz suave e apaixonada. Imaginei-me ali, naquele momento, sentado com ela, quebrando todas as minhas regras, rolando na grama úmida pelo sereno, desenrolando as amarras que minha história de vida deixou me prender. As margens continuaram impenetráveis, o lago ainda mais negro, o frio mais intenso, afastei-me pensativo, tentei acompanhar seu pensamento, mas o instante não permaneceu como um instantâneo fotográfico, mas sim, como um negativo, daqueles que se guarda no fundo de uma gaveta, uma memória existente, porém, esquecida. Queria mudar tudo ali. <o:p></o:p></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-22575185341551550292010-07-06T07:10:00.000-07:002010-07-06T07:22:10.902-07:00vou ficar aqui até fumar este cigarroO sol transpassa a janela do meu quarto<br />vozes ainda ecoam no ambiente<br />ríspidas, intrigantes, opressivas, ofensivas<br />vou descer, o pseudo vazio da rua se apresenta melhor<br />caminho sob o sol e o frio vento da manhã de julho<br />encosto num canto qualquer de uma esquina qualquer<br />acendo um cigarro<br />black verde<br />menta em chamas<br />gosto doce nos lábios<br />fugaz como seu beijo<br />nos leva à morte como tudo o que faço<br />observo as pessoas freneticamente ocupadas<br />andam de um lado para o outro<br />caminham individualizadas por seus problemas<br />fronteiriças às suas contradições e dilemas<br />perseguem cada uma o que todos nós acreditamos<br />"<span style="font-style: italic;">vou ficar aqui até fumar este cigarro</span>"...Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-27104348034626611362010-07-02T14:45:00.000-07:002010-07-02T15:02:59.221-07:00Seleção brasileira, a cara de seu técnico<div style="text-align: justify;font-family:georgia;"><span style="font-size:100%;">Sexta-feira, 02 de julho de 2010. Desaparece no semblante do brasileiro a esperança em uma fugaz alegria. O brilho nos olhos, o sorriso largo, tudo isso em alguns minutos desfalece. Como isso pode estar acontecendo?<br /><br />O time de futebol brasileiro enfrentou seu primeiro grande rival na Copa do Mundo de 2010. E, pareceu-me, não estar devidamente preparado para tal confronto. Qual valor positivo tivemos com as atitudes desmedidas do técnico? Proibições, sigilo, brigas, enfrentamentos, bate-bocas e palavrões? Onde chegamos? Tal foi seu técnico o time de futebol se apresentou no gramado na África do Sul, despreparado para o importante papel ao qual foi delegado pelos milhões de brasileiros que depositaram suas esperanças de alegrias nos pés de jogadores que compraram devidamente as atitudes de seu "mestre". Brigaram, xingaram, gritaram palavrões e tentaram ganhar na força, a qual eles não têm.<br /><br />A união do grupo falada em entrevistas não foi vista em campo. Os milhões de brasileiros que se apaixonam e sofrem por causa deste esporte, mais uma vez estão decepcionados. Não terão com o que se alienar ao enfrentar os dissabores provocados pelo nosso governo. Nem o nosso governo terá como alienar seus fiéis eleitores com o brilho ilusório de uma conquista mundial. Ficamos no risível das apresentações...<br /></span></div>Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-32906158128545420712009-02-01T02:51:00.001-08:002009-02-01T02:58:50.331-08:00Já não tenho pressaJá não tenho pressa, a certeza me diz que chegarei sempre ao mesmo lugar, aonde todos nós repudiamos até em pensamento.<br />Já não tenho pressa, correr para quê, antecipar o sofrimento? Em nossos corações não há mais espaços, o loteamento está feito, a coisificação dos espaços, a disputa pela propriedade, a falta de sensibilidade, a covardia, tudo nos remete ao momento inicial, ao fruto proibido, a caixa de pandora, ao desejo do conhecimento, o querer saber sempre, o não saber dizer não...<br />Já não tenho pressa, o sofrimento é passageiro como também é a vida, o espírito é algo abstrato e duvidoso como também o é Deus...<br />Já não tenho pressa, se nem mais acredito no que meus próprios olhos me dizem, o que enxergo pode ser mera ilusão, fantasia, sonho, menos realidade.<br />Já não tenho pressa, pois a realidade é mera ficção e a ficção é mera realidade.<br />Ter pressa pra quê? Você consegue explicar?Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-75483200110736562702008-12-27T02:37:00.000-08:002008-12-27T02:38:28.759-08:00A morte pelo óbvioAlexandre morreu perfurado de óbvio e sua morte silenciou de vez o obtuso...Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-48343174663604592372008-12-23T14:42:00.000-08:002008-12-23T14:43:06.001-08:00Amar"Por que seria preciso amar raramente para amar muito?"<br />Albert CamusAlexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1753351073256807406.post-84788997185423960592008-06-07T19:18:00.000-07:002008-06-07T19:36:18.923-07:00Eu poderia ter morrido alí, o mundo estava completo para mimApego-me ao passado.<br />Às vezes ontem já se configura em passado e desde cedo estou preso ao doloroso futuro de recordações.<br />Ainda há o passado distante no tempo, próximo das lembranças...<br />O frio daquela noite, o pré-porre antecipando os acontecimentos, a loucura do momento, o beijo ao ar livre, e que beijo, acho que o primeiro...<br />A música, a dança, outro beijo onde agora todos testemunhavam, não era mais escondido...<br />Eu poderia ter morrido alí, o mundo estava completo para mim...Alexandre Mirandahttp://www.blogger.com/profile/03112125085756664879noreply@blogger.com0