Vivemos, as vezes ou quase sempre, para ou pelas lembranças que guardamos a sete chaves ou cultivamos em jardins abertos a obervação de todos. Délio, um amigo de infância, contou-me, enquanto eu dava uma carona, que suas lembranças são, ao mesmo tempo, fonte de prazer, tristeza, conflito, harmonia e certeza de solidão. Enquanto dirigia pela estrada de Sabará, fiquei mentalmente organizando minhas lembranças, colocando-as em seus devidos lugares, talvez pretendidos apenas por mim. Enquanto ele falava, de súbito o interrompi com a seguinte frase: "Talvez depois da morte possamos resgatar todas essas lembranças, habilitando-as a liberdade". Com olhar atônito, Délio exclamou quase em sussurro: "ou talvez a dependência absoluta de nossas vontades egoísticas"... ficou apenas o som dos pneus traçando suas linhas no asfalto...
quinta-feira, 10 de abril de 2008
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